Recentemente, o tema libertarianismo tem se tornado cada vez mais popular, principalmente com a ajuda da publicidade negativa de veículos de desinformação como a Folha de São Paulo.
A mesma tática que pode ser observada com o bitcoin começa a ser usada pelo governo americano, e por outros governos, em relação ao tema liberdade. O que mostra que a liberdade incomoda, que ela deixou de ser uma utopia. Se algo é realmente impossível de acontecer as pessoas simplesmente ignoram. Na hora que algo começa a ser debatido saiu do status de utopia e passou para o status de ameaça, como está acontecendo com o bitcoin e criptomoedas. Agora também o mesmo ocorre com o tema do libertarianismo. Criptomoedas são somente um facilitador para termos liberdade. Criptomoedas e libertarianismo estão entrelaçados, não tem como separar e obviamente as duas coisas são uma ameaça ao sistema atual. É por esse motivo que em menos de uma semana, instituições que trabalham com desinformação, como a folha de são paulo e o próprio MBL, fizeram matérias sobre o libertarianismo. Isso parecia improvável apenas alguns anos atrás. Será que esse grande debate sobre o tema será algo positivo ou negativo para a nossa liberdade?
O entendimento sobre qualquer novidade demanda tempo, as pessoas precisam estudar o assunto e se acostumar com a ideia para, então, aceitá-la como algo normal. É por esse motivo que a gente tem que dar um desconto quando ouvimos afirmações de que criptomoedas não são dinheiro ou quando o MBL afirma que imposto não é roubo. Essas pessoas têm pouco embasamento sobre esse assunto e a primeira reação ao novo é justamente o medo, é justamente a negação. Em geral, as pessoas não aceitam a novidade, estão acostumadas com uma forma de pensar, com uma forma de agir e vão rejeitar qualquer idéia nova. Não lidamos bem com a mudança e a negação faz parte desse processo. O maior risco ao avanço em qualquer setor não são aqueles que são contrários à uma ideia, que são opostos à uma ideia. Aqueles que se aproximam dessa nova ideia e distorcem determinados pontos de forma a torná-la mais aceitável ao grande público, estes são o risco. Eles fazem uso de alguns pontos e não usam outros pontos somente para ganhar popularidade. Essas pessoas são realmente perigosas.
A verdadeira face dos liberais
É nesse sentido que os liberais são mais perigosos para nossa liberdade do que os próprios socialistas. Os socialistas se colocam como diametralmente opostos à liberdade. Eles entendem que o estado tem que controlar tudo, pois é o estado que sabe de tudo e deve ter todo o poder na mão. O oposto a isso seria a ausência de estado mas não é isso que vão nos contar. Os liberais vão te falar que o oposto do estado controlando tudo não é a ausência de estado e sim um tal de estado mínimo. Note que eles retiram a opção da não existência de estado de qualquer modelo apresentado para que a existência do estado nunca seja questionada. Isso é muito cômodo, obviamente, porque ele não faz o cidadão pensar num outro modelo que não inclua a idéia de estado. Então, qualquer discussão fica limitada apenas à direita e esquerda, opções com mais estado ou com menos estado, mas jamais se questionando sobre a existência do estado. Ao invés de ter um modelo onde um lado defende o coletivo e outro lado defende o indivíduo. Esse lapso ocorre em todos os lugares e todas as opções se limitam a modelos onde o coletivo é o principal. Chega à um determinado momento onde as vertentes intermediárias como o liberalismo e o conservadorismo começam a fazer um malabarismo mental que troca a lógica por um maior número de adeptos, já que é mais fácil de convencer as pessoas nesse meio do caminho ao invés daquelas nos extremos. Os promulgadores dessas ideias vão afirmar corretamente que quanto menos estado melhor a vida das pessoas, melhor a economia, mais dinheiro as pessoas têm, mais facilidade de produzir, etc. Se pararmos para pensar, considerando que essa lógica esteja correta, se quanto menos estado melhor fica a vida das pessoas, o melhor possível seria a ausência do estado. Só que para eles essa lógica deixa de funcionar em algum momento… é como se a matemática funcionasse até certo ponto, com dois mais dois sendo quatro, e não fizesse sentido à partir de um determinado momento e 2 + 2 passa a ser 5.É assim que eles atuam é assim que eles se convencem. Defendem que é preciso diminuir o estado, mas em determinado ponto misterioso isso pára de funcionar e a partir daí o estado passa a ser necessário. Então é esse ponto que temos que questionar. Qual é o ponto onde essa lógica deixa de funcionar? Eles não conseguem ser objetivos e não conseguem definir um ponto exato. Alguns vão dizer que estado mínimo é somente a segurança pública, outros vão incluir a questão da justiça, outros vão adicionar a moeda, alguns vão falar ainda em questão de educação, de saúde, etc. É como se a objetividade fosse deixada de lado. É como se a matemática não fosse mais objetiva e o resultado dependesse de quem estivesse fazendo a conta. O perigo está justamente nessas pessoas que fazem uso parcial da racionalidade, mas apelam para um lado emocional objetivando conseguir mais adeptos, mais gente para defender esse movimento. Eles sabem que é muito mais fácil o público atual, que está acostumado a vida inteira à idéia de estado e impostos, aderir a um movimento que defende a existência desse modelo, apenas reduzindo o tamanho do estado, do que um movimento que vai contra tudo que as pessoas estão acostumadas. Esses apoiadores são escravos de um sistema que em alguns anos não vai mais existir. E eles querem mais apoio, eles querem ter mais adeptos, então usam desse lado emocional, e não racional, para angariar mais adesões a este movimento. Essa mesma atitude é demonstrada por aqueles que se dizem entusiastas de criptomoedas e defensores da descentralização, mas que defendem regulamentação, que defendem a intervenção do estado em nossa liberdade. Eles ignoram completamente a lógica para defender um apelo emocional, para conseguir um maior número de adeptos. Na cabeça dessas pessoas o oposto à centralização não é a descentralização e sim algo meio termo. Isso é uma coisa totalmente louca! Depender de um intermediário para descentralização não faz sentido racional, não faz sentido lógico, mas é isso que vão defender. Portanto o real perigo para qualquer coisa não é o seu professor socialista na faculdade e sim um MBL qualquer. O real perigo para as criptomoedas não são bancos fazendo críticas às criptomoedas e sim alguém que se diz defensor delas e que pede por regulamentação e impostos sobre esse setor. O grupo de banqueiros socialistas são centralizadores que acreditam realmente no estado grande, no estado controlador e fechado que invariavelmente controlará a população. É mais fácil fugir desse estado já que é ineficiente. Já o segundo grupo, de falsos liberais, de falsos descentralizadores, vão lutar por um estado eficiente por um estado mínimo ou seja um estado que tem total capacidade de fiscalizar e de cobrar, do estado que não erra que não é tão ineficiente como o que temos hoje. Esse sistema é muito eficiente em fiscalizar e cobrar. Não tem como escapar… Notem como que a princípio parece muito tentador a redução do estado, mas isso pode se virar contra todos nós no futuro se o estado realmente tornar super eficiente a ponto de ninguém escapar de suas garras. É justamente por esse motivo que todo o exemplo de estado mínimo que ocorreu na história, em poucas décadas se transformou em um estado máximo, estado totalitário. O liberalismo econômico que levou a Suécia ao auge de potência econômica foi substituído décadas depois por um estado de bem estar social onde tudo é fornecido pelo estado. O próprio Estados Unidos, que têm uma constituição quase libertária, foi sendo corrompido ao longo do tempo e se tornou um estado extremamente autoritário, não somente com quem vive dentro de suas fronteiras como também com outros países, seja com a ameaça de guerra ou com a própria guerra. Não é surpresa que atualmente os americanos são os que mais têm dificuldade em investir em criptomoedas. O governo proíbe corretoras de criptoativos no país. Assim um dos berços do liberalismo tornou-se um local pouco receptivo à liberdade individual. É isso que acontece quando você tenta terceirizar a sua liberdade. Se o seu direito à liberdade depende de outro você não é mais livre. Se você entende que a sua liberdade depende de um funcionário ou de qualquer outro intermediário você já é um escravo pedindo por clemência.Anarquismo ultraliberal é só uma moda, dizem pesquisadores https://t.co/ldcI01oeQB
— Folha de S.Paulo (@folha) August 17, 2019
Imposto é roubo? Spoiler: Não.https://t.co/h2ZMX04j84
— Kim Kataguiri 🇧🇷 (@kimpkat) August 6, 2019
O que muda com a blockchain?
O advento da blockchain trouxe uma mudança de paradigma. A tecnologia nos permite ter a garantia de liberdade contra grupos que querem controlar nossas vidas. Não há nada que o estado poderá fazer para impedi-lo de ter acesso ao que você quer. Não vai importar se o estado gosta ou não de aplicativos de transporte. Não importa se o estado vai permitir ou não que você negocie criptomoedas. Na hora que não existir uma empresa centralizada que ele possa ameaçar, não há mais nada que ele possa fazer. Da mesma forma, pouco vai importar se jornais ou MBL entendem que imposto não é roubo. Não vai existir nada que eles possam fazer pra te obrigar a pagar por aquilo que você não quer ou não concorda. A opinião deles não vai importar de nada, quem vai controlar a sua vida será você. O mesmo vai acontecer com todos os outros setores. Algumas pessoas sempre vão tentar impor o que elas acham correto para sua vida. O que importa é que existem tecnologias para impedir essas pessoas de conseguirem fazer isso. Eles vão continuar tentando impor as suas vontades em pessoas inocentes, mas eles não conseguirão continuar fazendo isso, porque as novas tecnologias permitem o anonimato. A arrecadação desses grupos vai cair e eles vão perder força pra te oprimir. Quem deve definir as regras sobre a sua propriedade privada é você. Quem define as regras na sua casa, na sua loja, na sua rua, na sua empresa é você mesmo. Se os outros não gostam da sua regra simplesmente não usem o seu serviço, não entrem na sua propriedade. Entrem na propriedade de um concorrente que tenha regras que agradem a esse público. Isso é claramente observado usando criminosos como exemplo. Criminosos não gostam das regras de pessoas armadas, pois sabem que se tentarem invadir essa propriedade levarão chumbo. Então optam por invadir propriedades desarmadas, cujas regras são muito mais atraentes para eles.O segredo da liberdade de todos é a liberdade individual
Ninguém é obrigado a entrar na propriedade de outra pessoa. Entre lá se você concorda com aquelas regras. O que é indevido é apoiar uma gangue que imponha as regras coercitivamente em pessoas que não concordam com elas. Por exemplo se você não concorda com maconha, com álcool, com a arma, com o funk, qualquer coisa que seja, simplesmente não coloque em sua propriedade, mas jamais impeça ou contribua para que grupos impeçam pessoas de terem o que bem entenderem dentro de suas próprias propriedades. Caso contrário isso pode se voltar contra você, você pode não gostar de algo e querer impedir outras pessoas de terem isso na propriedade delas. Elas, por outro lado, podem não gostar de criptomoedas e também tentarão ditar as regras dentro da sua propriedade, impedindo, por exemplo, que outra pessoa possua criptomoedas. No final se cada um cuidar das regras dentro de sua própria propriedade e esquecer da propriedade alheia o problema se resolve. Não defenda a eficiência estatal, defenda a eficiência tecnológica. Somente isso vai assegurar a sua liberdade. O que você pensa sobre esse assunto? Deixe sua opinião nos comentários. Imagens cortesia de Shutterstock, TwitterIsenção de responsabilidade
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Vini Libero
Vini se formou em geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil e trabalhou com gerenciamento de projetos na área de exploração mineral em empresas como BHP Billiton e Vale. Ele se envolveu com o bitcoin em 2011, quando comprou suas primeiras moedas através do jogo online “Second Life”, mas usou a maioria de suas primeiras moedas aprendendo a fazer transações e negociar. Depois disso, ele se tornou um entusiasta da tecnologia blockchain e desde então focou sua carreira para esse...
Vini se formou em geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil e trabalhou com gerenciamento de projetos na área de exploração mineral em empresas como BHP Billiton e Vale. Ele se envolveu com o bitcoin em 2011, quando comprou suas primeiras moedas através do jogo online “Second Life”, mas usou a maioria de suas primeiras moedas aprendendo a fazer transações e negociar. Depois disso, ele se tornou um entusiasta da tecnologia blockchain e desde então focou sua carreira para esse...
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