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EUA podem fazer o Bitcoin chegar a US$ 1 milhão, afirma Arthur Hayes

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Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Ex-CEO da BitMEX afirma que alcançar uma relação dívida-PIB de 70% requer US$ 10,5 trilhões em novos créditos.
  • O BTC, com sua oferta fixa, posiciona-se como uma proteção ideal contra a inflação.
  • Hayes argumenta que o modelo de dívida dos EUA pode fazer o BTC atingir preços sem precedentes, possivelmente US$ 1 milhão.
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Os Estados Unidos têm enfrentado um crescente índice de dívida em relação ao PIB nas últimas décadas. Em 2008, foram necessários US$ 4 trilhões em crédito para reduzir essa proporção de 132% para 115%.

Segundo o ex-CEO da BitMEX, Arthur Hayes, cortar a proporção para 70% — onde estava em 2008 — poderia exigir US$ 10,5 trilhões em novo crédito. Essa expansão massiva de crédito poderia provocar grandes mudanças nos preços de diversos ativos, especialmente para o Bitcoin (BTC).

A escassez do Bitcoin e a dívida americana

Quando um governo cria trilhões em novo crédito, aumenta a oferta de dinheiro. Essa injeção de crédito, por sua vez, frequentemente impulsiona a inflação, tornando as moedas fiduciárias menos valiosas. Como resultado, as pessoas buscam alternativas para armazenar sua riqueza com segurança.

Hayes argumenta que a tendência de alta que afeta o mercado cripto após a reeleição de Donald Trump tem uma boa razão, citando as políticas de flexibilização quantitativa (QE) de Trump. O QE é uma política monetária na qual um banco central compra uma quantidade definida de títulos do governo para estimular a economia, aumentando, portanto, o dinheiro disponível.

Assim, quando os bancos centrais injetam liquidez, frequentemente leva os investidores a buscar retornos mais altos em ativos alternativos, o que pode levar a uma valorização de preço do Bitcoin. A criptomoeda, com sua oferta fixa de 21 milhões de moedas, contrasta fortemente com as moedas fiduciárias.

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Diferente do dólar, nenhuma entidade pode criar mais BTC, o que torna o ativo uma proteção popular contra a inflação. Arthur Hayes acredita que a cada dólar que os EUA injetam na economia, o ativo se torna uma opção ainda mais atraente. À medida que mais dinheiro fiduciário entra na economia, a demanda por ativos com fornecimento fixo cresce.

À medida que a oferta livremente negociada de Bitcoin diminui, a maior quantidade de dinheiro fiduciário da história estará buscando um refúgio seguro, não apenas de americanos, mas de chineses, japoneses e europeus ocidentais. Invista a longo prazo e mantenha-se assim – disse Hayes.

Modelo de dívida americana ajudaria BTC

Além disso, esse modelo impulsionado pela dívida espelha elementos da abordagem da China para o crescimento econômico. Por anos, a China adotou uma mistura de capitalismo dirigido pelo estado com forte intervenção governamental. Hayes denomina essa abordagem nos EUA como “Capitalismo Americano com Características Chinesas”. Seguindo um modelo semelhante, os EUA poderiam, assim, usar gastos financiados pela dívida como uma ferramenta econômica permanente.

Essa estratégia, portanto, cria um ciclo contínuo. Mais dívida significa mais inflação, o que impulsiona mais demanda por ativos como o Bitcoin. Arthur Hayes acredita que esse ciclo de feedback poderia impulsionar o preço do Bitcoin para cima, possivelmente até US$ 1 milhão por moeda.

Dessa maneira, se essas previsões se concretizarem, o Bitcoin poderia experimentar um aumento histórico de preço. À medida que trilhões inundam a economia, a oferta fixa pode torná-lo o refúgio seguro definitivo.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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