O volume arrecadado globalmente pelo mercado de cripto no segundo trimestre de 2025 superou US$ 10 bilhões, marcando um recorde nos últimos três anos. O dado é da plataforma de análise CryptoRank e indica uma retomada sólida da indústria, impulsionada por políticas mais favoráveis nos Estados Unidos e maior participação de investidores institucionais.
Após um período de incerteza regulatória entre 2022 e 2023, o cenário regulatório norte-americano trouxe impulso ao mercado. O fluxo de capital está migrando de projetos em estágio inicial para iniciativas com produtos validados, base de usuários ativa e modelos de receita sustentáveis.

A CryptoRank destaca que há aumento expressivo no financiamento de rodadas avançadas, fusões, aquisições e IPOs. A movimentação reflete uma evolução do ecossistema de cripto, que começa a operar com estrutura próxima ao setor de fintechs tradicionais.
Casos como exchanges adquirindo startups DeFi e empresas como a Circle negociando publicamente nos Estados Unidos ilustram esse amadurecimento. O financiamento deixa de ser direcionado apenas a experimentos tecnológicos e passa a contemplar projetos com operação consolidada.
Investidores adotam critérios mais seletivos
A seletividade nos aportes está crescendo no mercado cripto. Fundos avaliam com mais rigor aspectos como eficiência operacional, geração de valor e sustentabilidade dos modelos de negócios. O foco deixa de ser a tendência do momento e passa a ser a viabilidade de longo prazo.

Com mais projetos Web3 atingindo escala e usuários ativos, o setor evolui de um ambiente experimental para uma infraestrutura financeira global.
Tokens ganham protagonismo como veículo de investimento
Mason Nystrom, investidor da Pantera Capital, compartilhou análises sobre o estado atual do capital de risco no setor. Em publicações no X (antigo Twitter), ele apontou uma transição nas preferências de investimento, com tokens se tornando o principal instrumento, superando modelos híbridos de token + equity.
Segundo Nystrom, fundos estão aderindo ao modelo de “Liquid Venture”, utilizando tokens líquidos como mecanismo de investimento, o que permite maior flexibilidade, facilidade de entrada e saída, e governança mais ágil. Além disso, há um movimento de fundos alocando capital em ativos como BTC, seguindo o exemplo da Metaplanet, e ETH, como faz a Fenbushi Capital.
O cripto continua a inovar na formação de novos mercados de capital. E, à medida que mais ativos se movem onchain, mais empresas buscarão a formação de capital onchain-primeiro, afirmou Nystrom.
Embora os dados mostrem recuperação do mercado cripto, o ambiente segue competitivo. Atração de capital depende cada vez mais de tecnologia robusta, execução eficiente e capacidade de adaptação. Condições macroeconômicas e apoio institucional são favoráveis, mas o desempenho individual dos projetos será determinante para o sucesso
Essa maturidade está impulsionando fluxos de capital mais seletivos e de alta qualidade. Os investidores não estão mais perseguindo “tendências” de curto prazo, mas começam a avaliar a eficiência operacional, modelos de negócios e a capacidade continuamente.
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