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Arkham aponta US$ 54,5 bilhões em BTC “ocultos” da Strategy

3 Min.
Atualizado por Luís De Magalhães

Resumo

  • Arkham Intelligence descobriu 70.816 novos Bitcoins, elevando o total da Strategy para 525.047 BTC, avaliados em US$ 54,5 bilhões.
  • As descobertas desafiam a posição de privacidade de Michael Saylor.
  • Arkham passa a rastrear carteiras de influenciadores de cripto e instituições.
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A Arkham, empresa especializada em análise de blockchain, trouxe à tona uma nova descoberta sobre o portfólio de Bitcoin da Strategy (antiga MicroStrategy).

Segundo a análise, Bitcoins recentemente identificados estão alocados em carteiras que, até então, não estavam associadas à empresa. Isso indica que esses endereços são diferentes daqueles usados para armazenar as participações já conhecidas da companhia. Essas participações são custodiadas por empresas como Fidelity Digital Assets e Coinbase Prime.

Com base nessa revelação, a Arkham atualizou sua estimativa sobre o total de Bitcoins detidos pela Strategy, agora calculando que a companhia possui 525.047 BTC, o que equivale a cerca de US$ 54,5 bilhões. Esse montante corresponde a 87,5% do saldo total de Bitcoin registrado pela empresa. A nova informação levanta questões sobre a estratégia de armazenamento e a gestão de ativos digitais da Strategy.

Além disso, a recente descoberta complementa os esforços anteriores da empresa em rotular e rastrear carteiras de Bitcoin.

Em um trabalho anterior, a Arkham conseguiu associar 107 mil BTC sob custódia omnibus da Fidelity a mais de 327 mil BTC armazenados em holdings segregadas, incluindo a Coinbase Prime.

Embora a Fidelity não ofereça segregação de carteiras on-chain, a Arkham utilizou suas heurísticas proprietárias para conectar esses endereços à presença on-chain da Strategy, fornecendo uma visão mais detalhada dos ativos digitais da empresa.

Com a nova revelação, a Arkham agora atribui 454.231 BTC e outros 70.816 BTC à Strategy. No entanto, o site Bitcoin Treasuries aponta que a empresa possui um total de 580.250 BTC, refletindo a discrepância nas diferentes fontes de dados e estimativas sobre os ativos da companhia.

Holdings de Bitcoin da MicroStrategy
Holdings de Bitcoin da Strategy. Fonte: Arkham vs BitcoinTreasuries

A diferença entre os números apresentados pela Arkham e pelo Bitcoin Treasuries provavelmente decorre de abordagens distintas. Enquanto o Bitcoin Treasuries se baseia nas divulgações públicas de compra feitas pela empresa, a Arkham utiliza dados on-chain e pode consolidar diversos endereços controlados por uma mesma entidade.

Considerando o uso de custodiantes terceirizados, estratégias internas de tesouraria e a existência de carteiras ainda não rotuladas, um alinhamento completo entre os dados divulgados e os identificados pode nunca ocorrer. Ainda assim, observa-se certa convergência entre as estimativas.

Rastreamento da Strategy confronta postura de Saylor

A iniciativa da Arkham desafia diretamente a resistência de longa data de Michael Saylor, presidente da Strategy, às divulgações de prova de reservas (PoR). Conforme noticiado pelo BeInCrypto, o executivo argumenta que tornar públicos os endereços de carteira expõe a empresa a riscos desnecessários de cibersegurança.

“A forma convencional atual de publicar prova de reservas é insegura. Nenhum analista de segurança institucional consideraria uma boa prática divulgar carteiras”, afirmou Saylor.

Segundo ele, a exposição de locais de armazenamento em carteiras frias apenas atrairia possíveis atacantes. Seu ceticismo se baseia na ideia de que a transparência na propriedade on-chain oferece poucos benefícios práticos e aumenta a chance de ataques coordenados — preocupação sustentada por casos anteriores de vazamentos em exchanges e sequestros virtuais no setor cripto.

Divulgação provoca debate sobre privacidade e transparência

O anúncio da Arkham gerou intenso debate na comunidade. Parte dos usuários elogiou a conquista técnica e a iniciativa em prol da transparência. Outros criticaram a suposta violação da privacidade operacional, enquanto alguns sugeriram um caminho intermediário.

“Você pode amar ou odiar o Saylor e o que ele está fazendo (comprando e acumulando Bitcoin com a Strategy),” comentou um usuário.

Nesse contexto, tecnologias como as provas de conhecimento zero (ZKPs) ganham destaque por permitirem validar reservas em Bitcoin sem a necessidade de revelar endereços. A adoção dessas soluções pode oferecer a Saylor uma alternativa para demonstrar solvência sem comprometer dados sensíveis, equilibrando segurança e transparência.

Arkham amplia rastreamento de influenciadores e instituições

A exposição da Strategy se insere na estratégia mais ampla da Arkham de identificar os principais agentes do ecossistema blockchain. A empresa introduziu recentemente um novo rótulo, chamado KOL (Key Opinion Leader), para rastrear carteiras associadas a figuras influentes, instituições e personalidades do setor cripto.

“Influenciadores com mais de 100 mil seguidores no Twitter/X agora recebem o selo ‘Líder de Opinião Chave’”, informou a empresa.

A iniciativa amplia a visibilidade sobre os fluxos de ativos on-chain e reforça o movimento por maior transparência no mercado de criptoativos.

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Lucas Espindola
Lucas estudou na FMU e acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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