O Banco Central da República Argentina (BCRA) obrigará entidades bancárias a divulgarem informações sobre seus clientes que negociam criptomoedas. A medida visa estabelecer se as criptomoedas devem ter maior regulamentação no país sul-americano.
A notícia foi divulgada em um post no Twitter que revela uma mensagem contendo os endereços do BCRA para solicitar as informações em questão.
A mensagem indica que as “entidades associadas” deverão disponibilizar até 7 de abril informações que “permitam identificar os clientes que possuam contas de criptoativos ou que tenham declarado ou sejam conhecidos por efetuarem operações de compra e/ou venda e/ou gestão de pagamentos por meio de criptoativos.”
A mensagem anexa um formulário para inserir os dados de cada cliente envolvido, incluindo o Código Único de Identificação Tributária (CUIT), tipo e número da conta, nome ou razão social, endereço e autorização para utilizar a conta em questão.
As informações foram confirmadas por fontes do Banco Central ao Infobae. A explicação tem ligação com uma suposta avaliação da entidade financeira para possíveis regulamentações futuras, caso sejam exigidas.
Especificamente, os representantes do BCRA indicaram que “estão estudando se alguma regulamentação é necessária” para operações com criptomoedas.
Comunidade debate
Os comentários dos argentinos, entre indignados e conformados, comentaram a publicação vazada. Especulações sobre um “estoque de criptomoedas”, questionamentos sobre por que o BCRA solicita esses dados e declarações sobre a impossibilidade de regulamentar as criptomoedas foram alguns dos pontos de vista.
Reguladores argentinos já havia dado os primeiros passos
Um dos primeiros sinais regulatórios das operações de criptomoeda na Argentina foi dado pela Unidade de Informações Financeiras (UIF). Conforme relatado pelo BeInCrypto en Español, o órgão procurou forçar as corretoras locais a entregarem seus clientes e suas operações.
No mês seguinte, o Banco Central da Argentina detalhou em circular uma medida que afetaria os detentores de criptomoedas como “ativos líquidos” no exterior. A medida centrou-se na declaração de empresas sobre suas posses em criptoativos em contas estrangeiras, para finalmente decidirem se o acesso ao mercado oficial de dólares ficaria restrito à organização.
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