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Comparativo: Mercado Bitcoin vs. Binance

5 mins
Atualizado por Luís De Magalhães

Escolher a exchange ideal para comprar e vender criptomoedas exige a compreensão e análise de diversos fatores, sendo um dos principais as taxas. Isso porque as taxas cobradas podem impactar diretamente os ganhos ou perdas de um investidor. Neste artigo, faremos uma comparação detalhada entre o Mercado Bitcoin e a Binance, duas das plataformas mais utilizadas entre os investidores e traders cripto no Brasil, para ajudar você a escolher a opção mais vantajosa para o seu perfil.

Panorama geral das exchanges

Mercado Bitcoin e Binance são duas das exchanges de criptomoedas mais utilizadas por investidores brasileiros. Apesar de ambas permitirem a compra, venda e negociação de diversos ativos cripto, suas trajetórias e modelos de operação apresentam diferenças significativas.

Dessa forma, antes de entrar nas taxas cobradas por cada plataforma, vale a pena ter uma visão geral sobre cada plataforma.

Mercado Bitcoin: a maior exchange do Brasil

Fundada em 2013, o Mercado Bitcoin é uma das exchanges mais antigas e respeitadas na América Latina, sendo a primeira na região ao atingir o status de Unicórnio – ou seja, ter um valor de mercado acima de US$ 1 bilhão. A plataforma tem uma forte presença no Brasil, onde foi fundada. Atualmente, ela é a exchange brasileira com o maior número de usuários, que passa dos 4 milhões.

Entre os seus principais pontos fortes estão o seu bom relacionamento com os órgãos reguladores locais, cumprindo todas as diretrizes impostas pela lei brasileira. Isso traz uma camada adicional de confiança para usuários que buscam segurança e conformidade regulatória.

De acordo com algumas fontes, o Mercado Bitcoin detém cerca de 10% a 15% do volume total de transações de criptomoedas no Brasil. Além disso, a empresa oferece uma gama vasta de serviços financeiros relacionados a ativos digitais, como tokenização de ativos e staking.

Segundo o CoinGecko, o MB possui em sua plataforma mais de 250 criptoativos, disponíveis em 305 pares de negociação. Seu volume diário de negociações ultrapassa os R$ 60 milhões, sendo quase metade desse montante realizado na compra e venda de Bitcoin.

Estatísticas Mercado Bitcoin. Fonte:  CoinGecko
Estatísticas Mercado Bitcoin. Fonte: CoinGecko

Leia mais: Mercado Bitcoin é seguro? Tudo sobre a exchange brasileira

Binance: a líder global da indústria cripto

Criada em 2017 por Changpeng Zhao, a Binance rapidamente se consolidou como a maior exchange de criptomoedas do mundo, com uma presença global em quase todos os continentes. Muito disso se deve ao seu vasto portfólio de ativos e serviços cripto, incluindo negociações no mercado de futuros, opções, staking e empréstimos. A plataforma também se destaca por suas taxas competitivas e liquidez robusta.

Dados do CoinGecko mostram que a empresa disponibiliza 384 ativos cripto, que estão distribuídos em mais de 1.200 pares de negociação. Em relação ao volume diário de negociações, ele geralmente ultrapassa a marca de R$ 100 bilhões. Ao contrário do MB, esse montante não é tão centralizado no BTC.

Estatísticas Binance. Fonte: CoinGecko
Estatísticas Binance. Fonte: CoinGecko

No Brasil, a Binance detém uma participação de mercado significativamente maior do que o MB, chegando a aproximadamente 50% a 60% do volume de transações de criptomoedas no país, segundo dados da própria exchange.

Por que se atentar às taxas de uma exchange?

As taxas são um fator crucial que traders e investidores devem considerar antes de escolher em qual exchange serão feitas as suas operações. Mesmo que as taxas individuais pareçam pequenas, o impacto acumulado pode ser significativo. Em trades menores, uma taxa elevada pode consumir boa parte do lucro, enquanto, para investidores de longo prazo, as taxas de saque podem reduzir o retorno final do investimento.

Portanto, entender a estrutura de taxas do Mercado Bitcoin e Binance é essencial para averiguar qual das duas plataformas é a melhor escolha para o seu perfil.

Por que as exchanges cobram taxas?

Como toda empresa, exchanges como Mercado Bitcoin e Binance visam o lucro. No entanto, as taxas cobradas não servem apenas para essa finalidade, mas também para cobrir custos operacionais e demais gastos. Além disso, a receita obtida serve para a criação e disponibilização de outros serviços aos usuários, como a segurança da plataforma, suporte ao cliente, liquidez e inovação.

Entre as diversas taxas que as exchanges costumam cobrar de seus usuários, as mais comuns são:

  • Taxa de depósito
  • Taxa de saque
  • Taxa de negociação
  • Taxa de conversão
  • Taxa de staking
  • Taxa de empréstimo

Comparativo de taxas: Mercado Bitcoin x Binance

Para se ter uma comparação justa entre as duas exchanges, resolvemos comparar separadamente cada tipo das principais taxas cobradas por ambas as plataformas. Escolhemos apenas as taxas de depósito, saque e negociação pois geralmente são as taxas que a maioria dos usuários mais se deparam. Além disso, taxas de empréstimo e staking variam não apenas conforme as diretrizes de cada exchage, mas também aos protocolos e pools de liquidez desses serviços.

Taxas de depósito e saque

Tanto o Mercado Bitcoin como a Binance oferecem taxas zero de depósitos em real ou em criptomoedas. Já em relação a saques, o MB segue não cobrando dos seus clientes os pedidos de retirada em real, ao contrário da Binance, que exige um pagamento de R$ 3,5 para saques via Pix e R$ 60 para transações TED.

Em ambas as plataformas, as taxas de saque direto em criptomoedas são dinâmicas, podendo variar conforme o congestionamento e taxas cobradas pela rede blockchain do ativo cripto em questão.

Taxas de negociação

Binance e MB buscam fidelizar os seus clientes por meio de uma tabela regressiva de taxas, que diminui conforme o status e volume de negociação que cada trader ou investidor realiza.

Inicialmente, a exchange brasileira cobra 0,3% para uma ordem maker e 0,7% para uma ordem taker. Para os demais níveis, as taxas cobradas estão destacadas na imagem abaixo.

Taxas Mercado Bitcoin
Taxas Mercado Bitcoin

A diferença entre ordens maker e taker em uma exchange se refere ao papel que os traders desempenham na negociação:

  • Ordens Maker: São ordens que adicionam liquidez ao livro de ordens, ou seja, quando um usuário coloca uma ordem que não é executada imediatamente, como uma ordem limitada. A ordem fica pendente até que seja executada quando alguém do outro lado aceita as condições. Essas ordens são chamadas de “makers” porque “fazem” o mercado.
  • Ordens Taker: São ordens que removem liquidez do livro de ordens, pois são executadas imediatamente ao preço disponível, como uma ordem de mercado. O usuário que executa uma ordem taker está “pegando” (taker) a liquidez que já está disponível no mercado.

A Binance, por sua vez, cobra uma taxa de 0,1% de trading para os seus usuários padrão. Já as porcentagens cobradas para os usuários VIP variam conforme a classificação de cada usuários, conforme descrito na imagem abaixo.

Taxas Binance
Taxas Binance

Conclusão

Como foi possível observar, o Mercado Bitcoin ganha vantagem no quesito saques, enquanto a Binance se sobressai em relação as taxas de trading. Assim sendo, para aqueles que realizam muitas operações, ou então transacionam grandes volumes em criptomoedas, ela se torna a melhor opção.

Porém, as taxas não devem ser o único fator a ser levado em conta na hora de escolher uma exchange. Se você ainda não fez a sua escolha, se atenta os quesitos de segurança, liquidez, variedade de ativos e serviços disponíveis, facilidade de uso, suporte ao cliente e conformidade com as questões regulatórias locais.

Dessa maneira, em alguns desses quesitos, como liquidez e variedade de ativos, a Binance se sobressai devido a sua abrangência global. Em outros, como suporte ao cliente e compliance, o MB ganha mais destaque por ser uma empresa nacional. Dessa forma, vale a pena ponderar cada fator e testar ambas as plataformas antes de realizar a sua escolha.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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