Em tempos de guerra e conflitos armados, as populações e economias dos países envolvidos são os que mais sofrem. Infelizmente, nos últimos anos, diversos conflitos surgiram e ler notícias sobre sanções econômicas e populações correndo para sacar seu dinheiro nos bancos virou normal.
No entanto, com a popularização e a adoção em massa das criptomoedas, essa realidade pode mudar. A maior adoção das criptomoedas vai trazer efeitos significativos na economia do mundo e seu alcance já chegou em tempos de guerra. Cada vez mais os conflitos estão se tornando mais complexos, prolongados e multifacetados.
A manipulação do mercado global e o potencial de vulnerabilidade econômica dos países se tornaram fatores importantes para sobreviver a uma guerra. E as criptomoedas podem ser uma arma poderosa para amenizar as perdas econômicas de uma população e país.
Neste artigo vamos falar sobre como as criptomoedas podem influenciar nos desfechos de uma guerra e como podem amenizar os problemas econômicos de países e populações.
Neste artigo:
- Criptomoedas x Estados
- Criptomoeda x Guerra
- Sanções
- Criptomoedas na guerra: Rússia x Ucrânia – um caso de uso
- 1 – Financiamento de separatistas pró-Rússia
- 2 – Financiamento do exército da Ucrânia
- 3 – Ajudar a Rússia com as sanções
- 4 – Ajudar os ucranianos
- 5 – Ajudar as vítimas da guerra
- Perguntas frequentes
Criptomoedas x Estados
Muitos países já estão no processo de desenvolver moedas digitais apoiadas pelo Estado. E os que ainda não estão no processo, estão considerando essa ideia. Alguns dos países nesta lista são os Estados Unidos, Rússia e China.
Esses países entenderam o potencial que as moedas digitais possuem de se tornar a espinha dorsal das economias de nações individuais.
Por exemplo, desde 2014 a China vem desenvolvendo o conceito do yuan digital. Além disso, o país tentou desenvolver um estrangulamento sobre o mercado de criptomoedas, limitando o acesso a criptomoedas privadas, para preparar o terreno para o lançamento do yuan digital.
A Rússia foi outro país que entendeu o poder de lançar uma moeda digital e fechar o mercado de criptomoedas. Ao fazer isso, o governo russo é capaz de controlar todo o mercado, simplesmente proibindo toda a concorrência.
Os esforços de cada governo mostram a determinação em criar moedas digitais apoiadas pelo estado. Além disso, essas criptomoedas podem ser utilizadas de várias maneiras por esses governos, com implicações significativas para a segurança internacional.
Criptomoeda x Guerra
É inegável que a China, Estados Unidos e Rússia possuem uma parcela significativa no mercado global de criptomoedas. Portanto, é importante considerar como o apoio dos estados a criptomoedas individuais pode influênciar e interagir com estabilidade política e econômica, padrões de segurança, conflitos e guerra.
Por exemplo, no caso de uma ascensão de uma criptomoeda estatal, trará uma variedade de efeitos de longo alcance do mercado global de moedas virtuais, a vantagem comercial competitiva é a principal delas.
Se pensarmos na possibilidade de um país, como a Rússia ou a China, tentar manipular as trocas monetárias globais por meio da desvalorização de suas moedas, isso poderia moldar o mercado global ao seu favor, aumentando o poder da criptomoeda.
Além disso, imagine o Estados Unidos forçar outros países a manter depósitos diretamente no banco central dos EUA, fazendo com que ele seja o único fornecedor, ou o predominante, de dinheiro digital para clientes de varejo.
Qualquer uma dessas ações permitirá que o país adote táticas econômicas como flexibilização monetária.
Além disso, a natureza interconectada dos pagamentos cria um potencial ponto de falha para a economia de uma nação. Com os conflitos e guerras se tornando cada vez mais complexos, a economia de um país se torna uma força sem precendentes. Afinal, a capacidade de um país de projetar poder é proveniente de sua capacidade de sustentar a riqueza em qualquer momento. Ter o acesso reduzido a uma moeda ou sofrer um desligamento em todo o sistema pode trazer problemas sérios para a economia.
Sanções
Podemos citar como exemplo as sanções sofridas pela Rússia após os ataques feitos na Ucrânia. Ao ser banida do SWIFT (sistema internacional de pagamentos), a posição global da Rússia foi afetada drasticamente.
É importante comentar o uso das criptomoedas com atividades ilegais e ilícitas. As criptomoedas já foram amplamente usadas para, ou acusadas de, financiar grupos separatistas ou terroristas. Além disso, criptomoedas também são muito utilizadas para a compra de armamentos.
Porém, se pensarmos em moedas digitais criadas pelo estado, o caso de uso é um pouco diferente. Por exemplo, as criptomoedas poderiam facilitar a evasão russa das sanções comerciais impostas pelos EUA e União Europeia.
Com essas sanções dentro da Rússia afetando tudo, desde a vida cotidiana até as importações militares, o desenvolvimento de infraestrutura que suporte um rublo digital poderia dar à Rússia a capacidade de continuar o comércio internacional fora de um sistema bancário tradicional. Além disso, continuando com o exemplo da Rússia, o desenvolvimento de uma rede de blockchain privada permitiria o uso de moeda fora de qualquer rede verdadeiramente rastreável.
Ou seja, isso permitiria à Rússia, ou a qualquer outro país, a capacidade de comprar tecnologias de defesa proibidas e equipamentos militares que fora do sistema financeiro global.
Criptomoedas na guerra: Rússia x Ucrânia – um caso de uso
As criptomoedas, principalmente o Bitcoin, estão desempenhando um papel importante no fornecimento de infraestrutura financeira na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Vamos entender os casos de uso:
1 – Financiamento de separatistas pró-Rússia
Os separatistas pró-Rússia utilizam as criptomoedas para captar recursos desde 2014, comos conflitos na Crimeia. Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, os separatistas do leste da Ucrânia estão arrecadando fundos em Bitcoin e outras criptomoedas por meio de várias campanhas na Internet.
2 – Financiamento do exército da Ucrânia
Logo após a Rússia invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, o exército ucraniano passou a receber doações em Bitcoin. Assim como no financiamento dos separatistas, o financiamento do exército ucraniano por meio de criptomoedas é um meio de contornar as instituições financeiras que podem bloquear os pagamentos por alguma razão.
3 – Ajudar a Rússia com as sanções
Tanto os EUA quanto a União Europeia anunciaram várias sanções para limitar a capacidade da Rússia fazer negócios em dólares e euros. No entanto, as sanções não são tão eficazes se a Rússia utilizar moedas digitais para comprar bens e serviços e evitar bancos e instituições que aderem as sanções.
Apesar dos vários esforços do Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, para bloquear carteiras de criptomoedas de alguns russos, as criptomoedas são descentralizadas e as sanções não vão afetar as transações.
4 – Ajudar os ucranianos
Desde que a guerra contra a Ucrânia eclodiu, o Banco Nacional da Ucrânia suspendeu o mercado de câmbio, limitou saques em dinheiro e proibiu a emissão de moeda estrangeira de contas bancárias de varejo. Por isso, alguns ucranianos estão recorrendo às criptomoedas para driblar as resoluções do Banco Nacional.
A stablecoin USDT, que diferente de outras criptomoedas, está atrelada ao preço do dólar e por isso não sofreu com as volatilidades causadas pela guerra, se tornou uma maneira dos ucranianos evitarem as sanções.
5 – Ajudar as vítimas da guerra
O último caso de uso é ajudar todas as vítimas da guerra, sejam elas os ucranianos que perderam tudo em seu país ou a população russa que sofre sanções fortes por uma guerra que eles não queriam e não apoiam. Além disso, diversas ONGs estão auxiliando os fugitivos de guerra a se reestabelecerem em outros países, pelo menos momentaneamente.
Perguntas frequentes
Como as criptomoedas podem influenciar na guerra da Rússia com a Ucrânia?
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