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Criptomoedas x guerra – o futuro dos conflitos

6 mins
Atualizado por Maria Petrova

Em tempos de guerra e conflitos armados, as populações e economias dos países envolvidos são os que mais sofrem. Infelizmente, nos últimos anos, diversos conflitos surgiram e ler notícias sobre sanções econômicas e populações correndo para sacar seu dinheiro nos bancos virou normal.

No entanto, com a popularização e a adoção em massa das criptomoedas, essa realidade pode mudar. A maior adoção das criptomoedas vai trazer efeitos significativos na economia do mundo e seu alcance já chegou em tempos de guerra. Cada vez mais os conflitos estão se tornando mais complexos, prolongados e multifacetados.

A manipulação do mercado global e o potencial de vulnerabilidade econômica dos países se tornaram fatores importantes para sobreviver a uma guerra. E as criptomoedas podem ser uma arma poderosa para amenizar as perdas econômicas de uma população e país.

Neste artigo vamos falar sobre como as criptomoedas podem influenciar nos desfechos de uma guerra e como podem amenizar os problemas econômicos de países e populações.

Neste artigo:

  • Criptomoedas x Estados
  • Criptomoeda x Guerra
    • Sanções
  • Criptomoedas na guerra: Rússia x Ucrânia – um caso de uso
    • 1 – Financiamento de separatistas pró-Rússia
    • 2 – Financiamento do exército da Ucrânia
    • 3 – Ajudar a Rússia com as sanções
    • 4 – Ajudar os ucranianos
    • 5 – Ajudar as vítimas da guerra
  • Perguntas frequentes

Criptomoedas x Estados

yuan digital
criptomoedas x guerra

Muitos países já estão no processo de desenvolver moedas digitais apoiadas pelo Estado. E os que ainda não estão no processo, estão considerando essa ideia. Alguns dos países nesta lista são os Estados Unidos, Rússia e China.

Esses países entenderam o potencial que as moedas digitais possuem de se tornar a espinha dorsal das economias de nações individuais.

Por exemplo, desde 2014 a China vem desenvolvendo o conceito do yuan digital. Além disso, o país tentou desenvolver um estrangulamento sobre o mercado de criptomoedas, limitando o acesso a criptomoedas privadas, para preparar o terreno para o lançamento do yuan digital.

A Rússia foi outro país que entendeu o poder de lançar uma moeda digital e fechar o mercado de criptomoedas. Ao fazer isso, o governo russo é capaz de controlar todo o mercado, simplesmente proibindo toda a concorrência.

Os esforços de cada governo mostram a determinação em criar moedas digitais apoiadas pelo estado. Além disso, essas criptomoedas podem ser utilizadas de várias maneiras por esses governos, com implicações significativas para a segurança internacional.

Criptomoeda x Guerra

É inegável que a China, Estados Unidos e Rússia possuem uma parcela significativa no mercado global de criptomoedas. Portanto, é importante considerar como o apoio dos estados a criptomoedas individuais pode influênciar e interagir com estabilidade política e econômica, padrões de segurança, conflitos e guerra.

Por exemplo, no caso de uma ascensão de uma criptomoeda estatal, trará uma variedade de efeitos de longo alcance do mercado global de moedas virtuais, a vantagem comercial competitiva é a principal delas.

Se pensarmos na possibilidade de um país, como a Rússia ou a China, tentar manipular as trocas monetárias globais por meio da desvalorização de suas moedas, isso poderia moldar o mercado global ao seu favor, aumentando o poder da criptomoeda.

Além disso, imagine o Estados Unidos forçar outros países a manter depósitos diretamente no banco central dos EUA, fazendo com que ele seja o único fornecedor, ou o predominante, de dinheiro digital para clientes de varejo.

Qualquer uma dessas ações permitirá que o país adote táticas econômicas como flexibilização monetária.

Além disso, a natureza interconectada dos pagamentos cria um potencial ponto de falha para a economia de uma nação. Com os conflitos e guerras se tornando cada vez mais complexos, a economia de um país se torna uma força sem precendentes. Afinal, a capacidade de um país de projetar poder é proveniente de sua capacidade de sustentar a riqueza em qualquer momento. Ter o acesso reduzido a uma moeda ou sofrer um desligamento em todo o sistema pode trazer problemas sérios para a economia.

Sanções

Podemos citar como exemplo as sanções sofridas pela Rússia após os ataques feitos na Ucrânia. Ao ser banida do SWIFT (sistema internacional de pagamentos), a posição global da Rússia foi afetada drasticamente.

É importante comentar o uso das criptomoedas com atividades ilegais e ilícitas. As criptomoedas já foram amplamente usadas para, ou acusadas de, financiar grupos separatistas ou terroristas. Além disso, criptomoedas também são muito utilizadas para a compra de armamentos.

Porém, se pensarmos em moedas digitais criadas pelo estado, o caso de uso é um pouco diferente. Por exemplo, as criptomoedas poderiam facilitar a evasão russa das sanções comerciais impostas pelos EUA e União Europeia.

Com essas sanções dentro da Rússia afetando tudo, desde a vida cotidiana até as importações militares, o desenvolvimento de infraestrutura que suporte um rublo digital poderia dar à Rússia a capacidade de continuar o comércio internacional fora de um sistema bancário tradicional. Além disso, continuando com o exemplo da Rússia, o desenvolvimento de uma rede de blockchain privada permitiria o uso de moeda fora de qualquer rede verdadeiramente rastreável.

Ou seja, isso permitiria à Rússia, ou a qualquer outro país, a capacidade de comprar tecnologias de defesa proibidas e equipamentos militares que fora do sistema financeiro global.

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Criptomoedas na guerra: Rússia x Ucrânia – um caso de uso

Ucrânia

As criptomoedas, principalmente o Bitcoin, estão desempenhando um papel importante no fornecimento de infraestrutura financeira na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Vamos entender os casos de uso:

1 – Financiamento de separatistas pró-Rússia

Os separatistas pró-Rússia utilizam as criptomoedas para captar recursos desde 2014, comos conflitos na Crimeia. Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, os separatistas do leste da Ucrânia estão arrecadando fundos em Bitcoin e outras criptomoedas por meio de várias campanhas na Internet.

2 – Financiamento do exército da Ucrânia

Logo após a Rússia invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, o exército ucraniano passou a receber doações em Bitcoin. Assim como no financiamento dos separatistas, o financiamento do exército ucraniano por meio de criptomoedas é um meio de contornar as instituições financeiras que podem bloquear os pagamentos por alguma razão.

3 – Ajudar a Rússia com as sanções

Tanto os EUA quanto a União Europeia anunciaram várias sanções para limitar a capacidade da Rússia fazer negócios em dólares e euros. No entanto, as sanções não são tão eficazes se a Rússia utilizar moedas digitais para comprar bens e serviços e evitar bancos e instituições que aderem as sanções.

Apesar dos vários esforços do Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, para bloquear carteiras de criptomoedas de alguns russos, as criptomoedas são descentralizadas e as sanções não vão afetar as transações.

4 – Ajudar os ucranianos

Desde que a guerra contra a Ucrânia eclodiu, o Banco Nacional da Ucrânia suspendeu o mercado de câmbio, limitou saques em dinheiro e proibiu a emissão de moeda estrangeira de contas bancárias de varejo. Por isso, alguns ucranianos estão recorrendo às criptomoedas para driblar as resoluções do Banco Nacional.

A stablecoin USDT, que diferente de outras criptomoedas, está atrelada ao preço do dólar e por isso não sofreu com as volatilidades causadas pela guerra, se tornou uma maneira dos ucranianos evitarem as sanções.

5 – Ajudar as vítimas da guerra

O último caso de uso é ajudar todas as vítimas da guerra, sejam elas os ucranianos que perderam tudo em seu país ou a população russa que sofre sanções fortes por uma guerra que eles não queriam e não apoiam. Além disso, diversas ONGs estão auxiliando os fugitivos de guerra a se reestabelecerem em outros países, pelo menos momentaneamente.

Perguntas frequentes

Como as criptomoedas podem influenciar na guerra da Rússia com a Ucrânia?

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Se você quiser saber mais sobre a influência das criptomoedas na guerra, confira os nossos artigos educacionais. Afinal, aqui você pode encontrar todas as informações de que precisa para começar!

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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos. Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras...
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