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Após ataque ao BC, serviços da C&M Software são restabelecidos

2 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Após autorização do BC, a C&M Software volta a operar nesta quinta-feira com restrições.
  • Nesta semana, a infraestrutura do BC foi invadida por criminosos que roubaram cerca de R$ 1 bilhão.
  • O crime foi identificado por uma exchange de criptoativos; regulamentação ajuda no combate às fraudes.
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A C&M Software retomou as atividades hoje (03), após obter autorização do Banco Central do Brasil (BC) para reconectar sua infraestrutura. As autoridades haviam desconectado preventivamente a empresa devido a um ataque cibernético que afetou instituições como BMP e Credsystem.

Segundo comunicado oficial, os criminosos utilizaram credenciais de clientes da C&M para tentar acessar sistemas e serviços do BC de forma fraudulenta. A autoridade monetária confirmou o incidente ontem (02) e determinou a suspensão temporária da conexão. A retomada das operações ocorre sob regime de produção controlada.

Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados, afirmou Kamal Zogheib, diretor da C&M, em nota.

O que aconteceu na invasão ao Banco Central?

Na segunda-feira (30), hackers atacaram a infraestrutura do Banco Central após obterem credenciais vazadas de funcionários ou de pessoas ligadas às instituições com acesso ao sistema. Com o “usuário e senha” da C&M em mãos, os invasores acessaram um fundo de reserva compartilhado pelos bancos.

A proteção de credenciais é um dos pontos mais críticos da segurança digital. Vai muito além de senhas fortes: envolve autenticação multifator, rotação periódica de chaves, segmentação de privilégios e monitoramento constante de acessos. “No entanto, sem sombra de dúvidas, o fator humano continua sendo o elo mais frágil dessa cadeia”, explica o COO da TQI, Cristiano Oliveira.

Neste momento, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso. Além disso, a C&M tem reforçado seu compromisso com a colaboração com o Banco Central e com a Polícia Civil de São Paulo para solucionar o caso.

Uma exchange cripto identificou a fraude

Após a invasão, o CEO da SmartPay, Rocelo Lopes, relatou que a empresa identificou movimentos atípicos ainda na segunda-feira (30), o que fez a empresa acionar filtros de validação para transações com USDT e Bitcoin. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele detalhou como foi esse processo.

Segundo Lopes, uma conta recém-criada teria depositado cerca de R$ 100 mil via PIX na plataforma para comprar uma das moedas atreladas ao dólar. Simultaneamente, uma explosão de novas contas começou a ocorrer ainda na madrugada de terça-feira (01).

Como o PIX opera com um sistema de identificação que permite rastrear o movimento das transações, de qual instituição vêm e para onde vai o dinheiro, a SmartPay conseguiu identificar a fraude após reuniões com o BMP.

Esse sistema anti-golpes, conhecido como mecanismo especial de devolução (MED) do PIX, passará por uma atualização em 2026. Essa mudança permitirá o rastreamento das transferências, mesmo quando pulverizadas em contas laranja, como aconteceu neste caso.

De fato, a regulamentação do mercado de criptomoedas tem contribuído para solucionar esse tipo de desafio. Para o head de vendas da Nethone, Thiago Bertacchini, à medida que mais participantes do setor precisam prestar contas e adotar modelos transparentes de negócio, o ecossistema cripto se beneficia com um mercado voltado à governança.

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Renan Honorato
Jornalista por paixão, exerce a profissão com seriedade. Cobre temas relacionados à economia criativa, Web 3.0 e geopolítica. Trabalhou na redação do Meio & Mensagem e colabora para o UOL. Almeja um mestrado em relações internacionais na USP, além de atuar como parceiro da Oboré na comunicação da Praça Memorial Vladimir Herzog. Sugestões de pauta são sempre bem-vindas.
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