O halving do Bitcoin (BTC) se aproxima e está pronto para redefinir a dinâmica do mercado. Previsto para 20 de abril, o evento reduzirá a recompensa de mineração de um bloco da rede de 6,25 BTC para 3,125 BTC.
Analistas como Arthur Hayes, Benjamin Cowen e Peter Brandt preveem o que irá acontecer com a criptomoeda após o halving.
O Bitcoin cairá após o halving? Analistas opinam
Arthur Hayes, uma voz experiente na esfera das criptomoedas, apresenta uma visão complexa em torno do halving. Apesar do otimismo geral, ele prevê uma queda geral no mercado.
“A narrativa de que o halving é positivo para os preços das criptomoedas está bem enraizada. Quando a maioria dos participantes do mercado concorda com um determinado resultado, geralmente ocorre o contrário. É por isso que acredito que os preços do Bitcoin e das criptomoedas em geral cairão”.
Além disso, Hayes destaca o cenário econômico mais amplo. Ele observa a liquidez mais apertada do dólar e o início do Quantitative Tightening (QT) pelo Federal Reserve, que reduzirá a oferta de dinheiro. Consequentemente, ele espera um “período precário para ativos de risco” no final de abril. No entanto, ele prevê um impulso no mercado após 1º de maio, depois de uma reunião do Federal Reserve, devido a uma injeção de liquidez prevista.
“De agora até 1º de maio, estarei em uma zona sem negociação. Espero voltar em maio com pó seco pronto para ser usado e me posicionar para que o mercado em alta comece a sério”, comentou Hayes.
Benjamin Cowen, outro analista de criptomoedas, concorda com essa perspectiva. Ele traça paralelos entre o evento desse ano com a correção de 20% do mercado após as aprovações dos ETFs de Bitcoin à vista em janeiro.
“Em geral, esses padrões não se repetem exatamente, mas estamos apenas mostrando isso aqui, caso algo semelhante aconteça mais uma vez”, disse Cowen.
O analista veterano Peter Brandt apoia a opinião de Cowen, reconhecendo padrões recorrentes nos ciclos de alta do Bitcoin.
Esse sentimento se alinha com os dados de fluxo dos ETFs de segunda-feira (8), que mostraram uma tendência negativa, apesar do preço da criptomoeda ter atingido US$ 72.000. Por exemplo, o GBTC registrou saídas de US$ 303 milhões, contribuindo para um fluxo total negativo de US$ 223,8 milhões. Enquanto o IBIT da BlackRock registrou apenas US$ 21,3 milhões em entradas.
Esses dados podem indicar uma hesitação mais ampla do mercado ou um comportamento de realização de lucros.
Além disso, o próximo halving provavelmente exercerá pressão sobre os mineradores. Com a redução da recompensa pela metade, os ganhos dos mineradores, ou hashprice, provavelmente despencarão. Assim, eles poderão recorrer à venda de algumas de suas reservas de BTC para cobrir suas despesas operacionais.
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