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Análises apontam redução na pegada de carbono da mineração de Bitcoin

3 mins
Por David Thomas
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O analista Jamie Coutts, da Bloomberg, argumenta que as emissões da mineração de Bitcoin (BTC) caíram 37,5% desde o pico em meados de 2021.
  • As emissões de carbono dos mineradores aumentaram apenas 6,9%, apesar de um aumento de 400% no hashrate do Bitcoin desde 2019.
  • A mineração de BTC poderia acelerar a mudança para fontes de energia renováveis.
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O analista da Bloomberg Jamie Coutts argumenta que as emissões de dióxido de carbono da mineração de Bitcoin diminuíram 37,5% após atingirem um pico de 60,9 megatoneladas em meados de 2021. Já o cofundador da CH4 Capital, Daniel Batten, estima que a proibição na China levou os mineradores a fontes de energia renováveis.

Contrariando a narrativa apresentada por organismos internacionais como o Fórum Económico Mundial, as Nações Unidas, o Banco de Compensações Internacionais e a União Europeia, Coutts argumenta que o Bitcoin (BTC) pode beneficiar, em vez de sobrecarregar, os esforços internacionais de descarbonização.

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A mineração de Bitcoin pode acelerar a transição para energias renováveis, que muitas vezes têm um custo para o envelhecimento das usinas de combustíveis fósseis.

Climate-Tech duvida dos níveis de uso de combustíveis fósseis na mineração de Bitcoin

A retórica sobre o consumo excessivo de energia do Bitcoin decorre da energia que as máquinas de mineração usam ao tentar adivinhar o hash correto. O Cambridge Centre for Alternative Finance revisou a estimativa de 100 TWh para 95,5, usando novos dados da Coin Metrics.

De acordo com Coutts, o modelo da Cambridge excluiu novas fontes de energia fora da rede e a mudança dos mineradores para fontes fora da rede. O trabalho de Batten para incluir estas fontes revelou que, apesar de um aumento de 400% no hashrate do Bitcoin desde 2019, as emissões de carbono dos mineiros aumentaram apenas 6,9%.

Além disso, a emissão de equivalentes de dióxido de carbono caiu 37,5% desde que a China proibiu a mineração em 2021. Coutts supôs:

A mineração cria BTC usando máquinas chamadas ASICs para adivinhar a impressão digital (hash) das transações em um bloco. O minerador que adivinhar o hash correto recebe a recompensa do bloco em Bitcoin, atualmente fixada em 6,25 BTC (cerca de US$ 165.535).

Uma questão de perspectiva

Os defensores do Bitcoin já disseram que a indústria é injustiçada, pois consome, em vez de gerar, energia proveniente de combustíveis fósseis.

Mas o consumo de energia dos ASICs pode ter mais nuances, dependendo de qual lado da cerca você está sentado. A WattTime, a organização preferida pelos especialistas em clima para análises precisas, pode calcular até que ponto os mineradores dependem dos combustíveis fósseis.

Uma análise da mineradora de Bitcoin Applied Digital, por exemplo, descobriu que ela usava combustíveis fósseis 90% do tempo. Um cálculo posterior revelou que ela era a maior consumidora de combustíveis fósseis, representando cerca de 54% de toda a energia gerada.

Embora os especialistas em clima apontem frequentemente para o primeiro, os intervenientes da indústria preferem o último, uma vez que revela a combinação de energia que utilizam. O resultado dá aos mineiros, que não têm ideia de como as redes gerem as fontes, quanta energia utilizam de uma determinada fonte em comparação com outros consumidores.

Por fim, Lee Bratcher, do Texas Blockchain Council, diz que os mineradores também incentivam o desenvolvimento de usinas de energia renovável.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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