O aumento do volume das plataformas P2P na América Latina nos últimos anos revela a popularização das criptomoedas na região, como alternativa ao enfraquecimento das moedas nacionais.
As negociações dos latino-americanos em plataformas P2P, representa um total de 13% do volume mundial. Dessa forma, a América Latina é a terceira maior região em termos de volume P2P do mundo.
Os dados são foram apresentados em relatório divulgado nesta semana pela empresa Arcane Research. Os números são de acordo com o volume das duas maiores plataformas P2P, Paxful e LocalBitcoins.
A análise indica um aumento das plataformas P2P no mundo inteiro, que se estabelece com um volume semanal de US$ 80 milhões.
O relatório aponta como uma das justificativas, o aumento de envio de criptomoedas, principalmente bitcoin
, entre pessoas de um país para o outro. Passa a surgir portanto o que a análise chama de ‘mercado de fronteira’.
Apesar disso, houveram mudanças das regiões onde o mercado P2P é mais forte.
Porcentagem de volume P2P por região. Fonte: Arcane Research
América Latina é a terceira maior região em volume P2P
A América do Norte é líder das negociações P2P, com 35% do volume mundial. A Ásia e o Leste Europeu, no entanto, perderam seus postos no top 3 das regiões com maior volume. Como resultado, quem ocupou seus lugares no ranking foi a África Subsariana (19%), em segundo lugar. Em seguida, vem a América Latina com 13% do volume total. A América Latina registra US$ 10,6 milhões em volume semanal em plataformas P2P. Conforme a Arcane Research, a plataforma LocalBitcoins domina as negociações com um total de US$ 9,9 mi de todo volume.Venezuela é responsável por 42% do volume P2P da região
Quem domina de longe os maiores números de volume P2P na região é a Venezuela. De acordo com o relatório, o país representa 42% do volume total da região. Esses números são um reflexo da hiperinflação e caos político que a Venezuela enfrenta. Entre 2016 e junho de 2019, o bolívar venezuelano viu sua taxa de inflação crescer 53.798.500%. Consequentemente, essa situação obrigou a população encontrar outras soluções financeiras, ou seja, criptomoedas. A calamidade econômica do país fez com que mais de 10% da população a deixar a Venezuela. No entanto, essas pessoas continuam enviando dinheiro de volta aos familiares que ficaram no país. Apesar dos diversos ataques do governo contra as negociações de criptomoedas, um número significativo de pessoas passaram a utilizar o P2P como principal forma de fazer transações.Isenção de responsabilidade
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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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