De acordo Peter Schiff, a recente queda de preço do Bitcoin (BTC) se deve a concorrência cada vez mais forte de outras altcoins.
Após fechar o segundo trimestre do ano em forte queda, o BTC ensaiava o fim de seu ciclo atual de baixa, chegando a subir mais de 40% a partir de julho. No entanto, o pessimismo logo tomou conta dos investidores quando o preço do ativo rompeu um padrão de alta no curto prazo no dia 20 de agosto.
Desde então, o Bitcoin acumulou quedas de cerca de 20%, voltando a ficar abaixo do nível de US$ 20.000. Muitos fatores foram atribuídos como responsáveis pelas novas quedas, especialmente as decisões tomadas pelo Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos e os temores de uma recessão econômica global.
Mas nem todos compartilham dessa visão. Conhecido pelas suas críticas ao ativo, Peter Schiff atribui a queda do BTC a fatores internos do próprio mercado cripto. De acordo com o famoso economista e analista financeiro, o crescimento de outras altcoins é o verdadeiro responsável pelo declínio da maior criptomoeda do mundo.
Bitcoin perde dominância
Por meio de seu Twitter, Schiff destacou que não é apenas o preço do Bitcoin que está em queda, mas também sua taxa de dominância (BTCD) perante o mercado cripto. O economista observou que “seu domínio caiu para 38,1%, o menor desde junho de 2018. Competir com quase 21.000 outros tokens digitais intrinsecamente sem valor, NFTs e ações relacionadas a #cripto está cobrando seu preço. Mesmo que o Bitcoin seja escasso, suas alternativas não são.”
Na rede social, muitos contestaram as alegações do crítico do BTC, inclusive seu filho, Spencer Schiff. Porém, o BTCD está realmente em queda. Nas últimas 24 horas, a taxa caiu abaixo do nível de 39%, sua menor porcentagem desde fevereiro de 2018.
A nível de comparação, a porcentagem vista em janeiro desse ano era acima de 70%, com o BTCD de fato caindo à medida que o preço da criptomoeda se desvalorizava.
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Ethereum pode ameaçar o BTC?
Assim como Peter Schiff, o analista e pesquisador independente de criptomoedas Kyle MacDonald acredita que outras altcoins podem ameaçar o Bitcoin: em especial o Ethereum (ETH). A segunda maior criptomoeda em capitalização tem sido o grande destaque do mercado desde que a data para a sua fusão foi revelada.
Comentando sobre a migração da rede para o método de prova de participação (PoS), MacDonald observa que “após a fusão, investidores e reguladores perceberão que a prova de trabalho [do Bitcoin] nunca foi realmente necessária e lentamente veremos uma grande queda no preço do Bitcoin.”
Muitos reguladores e comunidades possuem resistência ao método PoW adotado pelo Bitcoin, especialmente pelo alto consumo de energia que ele demanda. Neste ano, a União Europeia cogitou banir o uso de ativos que usassem esse mecanismo. Os debates sobre o tema também estão se tornado mais frequentes nos Estados Unidos, maior polo de mineração do BTC.
Nesse sentido, o Bitcoin pode de fato se prejudicar caso haja uma maior restrição ao seu modelo de mineração, o que poderia beneficiar o Ethereum e outras criptomoedas que possuam redes mais renováveis.
No entanto, vale destacar que as altcoins também sofreram quedas de preço nas últimas semanas. Apesar de saltar 5,7% nos últimos sete dias, o ETH ainda acumula uma desvalorização de 8% nas últimas quatro semanas, estando atualmente cerca de 70% abaixo da sua máxima histórica de preço, segundo o CoinGecko.
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