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Chainalysis: Brasil, Venezuela e Argentina lideram adoção cripto na América Latina

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Escrito e editado por
Lucas Espindola

04 setembro 2025 14:00 BRT
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  • México sai do Top 20 em adoção de cripto e cai para 23º lugar em 2025, enquanto Brasil, Venezuela e Argentina se destacam.
  • A Chainalysis confirma que América Latina é a segunda região de crescimento mais rápido em transações de cripto, atingindo 63%.
  • USDT e USDC mantêm dominância em pagamentos transfronteiriços, processando trilhões mensalmente em volume durante 2024-2025.
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A adoção de criptomoedas na América Latina está passando por um momento de contrastes. O relatório da Chainalysis de 2025 revela que apenas Brasil, Venezuela e Argentina permanecem no top 20 global, enquanto o México caiu para a 23ª posição após estar em 14º lugar em 2024.

Essa queda reflete a aceleração da adoção global na Ásia e em outras regiões, que deslocaram o México no ranking, apesar de ainda ser um mercado cripto relevante na América Latina.

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América Latina no ranking global de criptomoedas: Brasil, Venezuela e Argentina no Top 20

O Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2025 destaca o papel crescente da América Latina como a segunda região com maior expansão no uso de criptoativos. Segundo a Chainalysis, o volume de transações na região subiu de 53% em 2024 para 63% em 2025.

O Brasil ocupa a 5ª posição globalmente, consolidando sua posição como líder regional. A Venezuela está em 18º lugar graças ao uso de criptomoedas para contornar restrições econômicas, enquanto a Argentina está em 20º lugar, impulsionada pela inflação e pela crescente demanda por stablecoins.

O Brasil é o único país da América Latina no top 20 em adoção global de criptomoedas. Fonte: X/@chainalysis
América Latina, Brasil, Venezuela, Argentina
O Brasil é o único país da América Latina no top 20 em adoção global de criptomoedas. Fonte: X/@chainalysis

Em contraste, o México caiu nove posições para o 23º lugar, deslocado pelo crescimento acelerado na Ásia-Pacífico e na América do Norte. Nos Estados Unidos, a adoção subiu de 42% para 49% em 2025, impulsionada por regulamentações mais claras e pela entrada de investidores institucionais.

“Comparado ao ano anterior, este ciclo registrou crescimento acelerado em quase todas as regiões, com aumentos especialmente expressivos na APAC e na América Latina. No ano passado, a APAC cresceu apenas 27%, mas no período mais recente, esse número mais que dobrou, atingindo 69%. Da mesma forma, a América Latina passou de 53% para 63% ano a ano, consolidando a trajetória da região como um dos centros de crescimento mais rápido no campo das criptomoedas”, afirma o relatório da Chainalysis.

Crescimento na adoção de criptomoedas por região – 2025 vs 2024. Fonte: Chainalysis

Stablecoins: a chave para o mercado global

O relatório da Chainalysis também confirma a hegemonia das stablecoins no ecossistema cripto. USDT (Tether) e USDC (Circle) concentram a maioria do volume de transações em operações globais.

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Entre junho de 2024 e junho de 2025, o USDT processou mais de 1 trilhão de dólares mensalmente, atingindo um pico de 1,14 trilhão em janeiro de 2025. Enquanto isso, o USDC variou entre 1,24-3,29 trilhões mensalmente, com um aumento expressivo em outubro de 2024.

Esses dados mostram que stablecoins como USDT e USDC não apenas dominam os pagamentos transfronteiriços, mas também se tornaram ativos essenciais para a liquidez institucional. Na Venezuela e na Argentina, sua adoção está diretamente ligada à desvalorização de suas moedas locais.

Volume total ajustado de stablecoins por mês. Fonte: Chainalysis

Em resumo

O Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2025 da Chainalysis confirma que apenas Brasil, Venezuela e Argentina estão no top 20 global. O México caiu para a 23ª posição. Stablecoins como USDT e USDC dominam o mercado global, processando trilhões de dólares mensalmente em transações.

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