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A marcha de governos contra as criptomoedas

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A população chinesa é uma das que mais sofre com a censura estatal que proíbe desde o uso de internet até restrições contra a mineração ou a compra de criptomoedas.
Infelizmente isso não está restrito à China e começa a se alastrar por diversos países. Recentemente vimos a CVM, no Brasil, proibindo uma empresa de vender seus tokens. A empresa teve aprovação até da SEC, no exterior, mas a CVM resolveu proibir a venda no brasil por motivos arbitrários. Agora a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido sugeriu o banimento de derivativos de criptomoedas por entender que esse produto não é adequado para as pessoas. Isso significa que para esse grupo de pessoas, que se acham superiores, quem deve decidir o que é adequado ou não para o consumidor não é o próprio consumidor. Mas será possível escapar dessa armadilha? A autoridade de conduta financeira do reino unido entende que criptomoedas não são adequadas para as pessoas. o argumento principal é simples os usuários podem perder dinheiro ao investir em quito moedas por não saber o que está se metendo. De fato isso pode ocorrer, no entanto o problema é que isso se aplica para tudo que compramos. Ao comprar uma casa o comprador também pode perder dinheiro, porque ele também não têm acesso à todas as informações sobre a estrutura da casa, sobre o bairro, sobre a segurança da rua. O casamento de duas pessoas também pode ocasionar perda de dinheiro, especialmente quando um dos cônjuges é forçado a dividir seus bens ou pagar pensão. Quando abrimos uma empresa também podemos perder dinheiro por não ter acesso a todas as informações do mercado para saber se vai ser um sucesso ou não. Todo e qualquer empreendimento não vem associado com uma bola de cristal e uma previsão do futuro. Não é por acaso que seis de cada dez empresas fecham antes mesmo de completar cinco anos. Usando a mesma lógica governamental, os governos não deveriam então proibir a abertura de empresas de forma proteger os investidores desse risco? Toda decisão que tomamos na vida é cercada de riscos e somente o indivíduo pode avaliar se esse risco compensa ou não. Se todos nós dependemos da avaliação de um mesmo grupo ou de uma mesma pessoa para decidir nossas ações ou nossos investimentos, estaríamos sujeitos à maior manipulação de mercado da história, afinal todos investiriam nas mesmas coisas. Será que o histórico dos governos e dos políticos é tão confiável para deixarmos a decisão do que comprar ou não comprar nas mãos deles?

Procedimento estatal

Essa arbitrariedade é o procedimento normal do estado, que vai te proibir de andar de patinete porque existe o risco de você cair. Ele vai proibir um livre acordo de trabalho entre um empregado e um empresário porque existe risco de perder o emprego. Ele vai te proibir de falar o que você pensa porque existe um risco de magoar alguém. Obviamente, em função de todo esse “zelo” pelo cidadão, o estado vai cobrar um alto valor por um serviço que nunca foi solicitado nem contratado. O que de fato ocorre é que você paga para ser proibido de fazer aquilo que quer, mesmo que isso não interfira na vida de ninguém além de você mesmo. Um outro argumento utilizado pelos governos é como sempre a questão da segurança, ou seja, criptomoedas podem ser usadas para crimes financeiros, como por exemplo financiar o terrorismo. Vejamos com atenção essa hipótese que é usada por todos os países como principal argumento para banir criptomoedas. Por exemplo, as quatro primeiras principais causas de morte nos Estados Unidos representam 80% das mortes e são elas doenças do coração, câncer, acidente de carro e doenças respiratórias. O terrorismo está nessa lista, mas representa 0,01 por cento das causas de morte. Isso é tão irrisório que em termos gráficos é quase invisível.

Uso da mídia

Quais são os assuntos mais abordados na mídia americana? Os três primeiros colocados são: terrorismo, homicídio e suicídio, que são os três últimos colocados em causa de morte e que somados representam apenas 2%. Note que o terrorismo, que tem 0,01 por cento de relevância entre as causas de morte está na primeira posição com 35% de toda a cobertura da mídia. Será que existe mesmo uma grande preocupação de agências jornalísticas para contribuir com a vida com a melhoria da vida de seus cidadãos? Ou estão focados no problema errado? Quantas pessoas você conhece que morreram devido ao terrorismo? Por outro lado, todos conhecem alguém que morreu devido a um acidente de carro, doença do coração ou câncer. Por que os governos não tentam resolver esses problemas proibido pessoas andarem de carro ou proibir pessoas de consumirem alimentos gordurosos ou comer churrasco ou beber cerveja ou ter hábitos de vida que não sejam tão saudáveis? Acontece que carros e hábitos de vida pouco saudáveis não ameaçam o monopólio da máfia que se mantém no poder. Já as criptomoedas são uma ameaça direta e os detentores do poder não encontram uma desculpa racional para proibi-las. Acabam apelando para a sensação de medo, que é natural das pessoas, então promovem esse tipo de notícia como um bombardeio midiático, mesmo que seja irrelevante. A mídia foca no assunto, as pessoas vão ter medo do terrorismo e então o estado pode utilizar isso como argumento para uma lei, uma proibição. O cidadão comum pode até achar bom essa proibição, pensando que é para sua pŕopria segurança, já que ele não utiliza algo como criptomoedas. No entanto não percebe que é assim que vai perdendo a própria liberdade. O que você pensa sobre o tema? Deixe suas opiniões nos comentários. Imagens cortesia de Shutterstock, Twitter
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Vini Libero
Vini se formou em geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil e trabalhou com gerenciamento de projetos na área de exploração mineral em empresas como BHP Billiton e Vale. Ele se envolveu com o bitcoin em 2011, quando comprou suas primeiras moedas através do jogo online “Second Life”, mas usou a maioria de suas primeiras moedas aprendendo a fazer transações e negociar. Depois disso, ele se tornou um entusiasta da tecnologia blockchain e desde então focou sua carreira para esse...
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