O final de 2020 registrou um aumento meteórico para o Bitcoin, mas os preços no ano novo começaram a suavizar e experimentar menos volatilidade.
Embora os preços deem sinais de que começaram a se consolidar, mais e mais bitcoins estão sendo retirados de exchanges para ficar seguro e parado em carteiras.
Essa métrica, embora ambígua, pode significar que os investidores estão menos interessados em negociar. Dessa forma, eles preferem retirar seu BTC das exchanges para que ele permaneça mais seguro em ambiente offline.
Os dados coletados pela Glassnode, uma plataforma de análise de dados on-chain, mostram que impressionantes 270.000 bitcoins, um quantia que equivale a cerca de R$ 47 bilhões, foram transferidos das exchanges para o cold storage no mês passado.
Período de seca nas exchanges
À medida que mais bitcoins são retirados das exchanges e colocados em carteiras offline para o armazenamento de longo prazo, a disponibilidade do ativo nas corretoras segue diminuindo. Isso faz sentido logicamente porque o estoque do bitcoin é limitado. De tal forma que quanto mais BTC é armazenado, menos há disponível para ser negociado.
Se essa tendência continuar, toda a indústria poderá um dia enfrentar uma crise de ofertas de venda de bitcoin pela falta de liquidez. Além disso, este não é apenas um desafio que o bitcoin está enfrentando — outras criptomoedas também passam por potenciais problemas de liquidez.
Na semana passada, o Ethereum viu sua menor taxa de oferta em exchanges desde 2018, sinalizando que os usuários mudaram para armazenar e fazer staking de seus ETH.
O efeito da demanda institucional
Embora algumas criptomoedas como Ethereum já passaram por ciclos de fornecimento como este antes, tal acontecimento nunca foi experimentado pelo bitcoin neste nível. Esta é uma das razões pelas quais muitos analistas acreditam que a atual corrida de touros é fundamentalmente diferente do visto em 2017.
Antes de 2020, os investimentos institucionais em bitcoin eram minúsculos, já que a maioria das empresas não queria apostar em um ativo tão volátil.
Após os problemas globais, sociais e financeiros enfrentados como resultado da pandemia do Covid-19, os investidores institucionais finalmente começaram a olhar para o bitcoin como uma proteção real contra a inflação e a incompetência do governo.
Esta ideia foi amplamente divulgada por touros do bitcoin como por exemplo Michael Saylor, o CEO da Microstrategy. Anteriormente, ele investiu mais de US$ 1 bilhão dos ativos de reserva da sua empresa no bitcoin. Essa nova visão da criptomoeda como uma reserva de valor melhor do que o ouro, gerou uma nova onda de interesse pelo ativo.
À medida que mais instituições clamam pela compra de seu bitcoin, o fornecimento será sugado das bolsas para os bolsos dessas instituições.
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