A 21Shares, gestora suíça reconhecida como a maior provedora global de produtos listados em bolsa de criptomoedas, anunciou sua chegada ao Brasil ontem (25). A empresa lançou seis BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETPs (Exchange Traded Products) na B3, ampliando o acesso de investidores locais ao mercado cripto.
Com sede em Zurique e presença em mais de dez países, a 21Shares administra cerca de US$ 11 bilhões em ativos e detém 30% do mercado europeu de ETPs de criptoativos. O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber os produtos da gestora. Segundo a empresa, a decisão ocorreu após três anos de estudos sobre o ambiente regulatório e o perfil do investidor brasileiro.
Sponsored“Nosso objetivo é democratizar o acesso a ativos digitais em mercados emergentes. O Brasil tem uma das maiores bases de investidores de cripto do mundo e um ecossistema regulatório favorável”, afirmou Bruna Cabús, associada sênior da 21Shares para a América Latina.
Produtos lançados na B3
A estreia inclui seis BDRs de ETPs lastreados em algumas das principais criptomoedas do mercado: Bitcoin, Ethereum, Solana, XRP e Cardano, além de um índice diversificado de ativos digitais. Os recibos serão negociados em reais, permitindo que investidores brasileiros acessem os produtos sem necessidade de abrir conta no exterior.
O BTG Pactual e a Virtu serão responsáveis pela função de formadores de mercado (market makers), garantindo liquidez e eficiência nas negociações.
Mercado aquecido e competição local
A chegada da 21Shares amplia a competição em um segmento que já conta com mais de 20 fundos listados de cripto na B3, entre eles produtos da Hashdex e do Itaú Asset. Dados recentes apontam que 42% dos brasileiros já investem em criptoativos, percentual equivalente ao de investidores em fundos tradicionais.
Especialistas avaliam que a movimentação deve intensificar a disputa por espaço entre gestoras globais e locais. A expectativa é que os novos BDRs atraiam principalmente investidores interessados em diversificação e exposição a moedas digitais sem a necessidade de comprar os ativos diretamente em exchanges.