A Galaxy Digital é mais uma empresa a mudar operações para fora dos EUA devido à crescente hostilidade do país em relação à indústria de criptomoedas.
Ela está longe de ser a única entidade no espaço a chegar a essa conclusão nos últimos meses.
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A dor de cabeça da Galaxy
A Galaxy Digital é uma empresa de investimentos com foco em criptomoedas fundada em 2017 por Michael Novogratz. Ela oferece serviços de trading, gestão de ativos, banco de investimento e mineração, atuando como uma ponte entre a TradFi e a indústria de ativos digitais.
Seu fundador e CEO é direto sobre as frustrações que a Galaxy enfrenta ao operar nessas áreas em uma era de excesso regulatório.
“Quando olho para o curto prazo, ainda temos uma dor de cabeça regulatória nos Estados Unidos”, disse Novogratz em uma teleconferência ocorrida na terça-feira (9), depois que o grupo publicou seus resultados do primeiro trimestre.
“Não vejo isso mudando tão cedo.”
O colapso da confiança entre os reguladores e o setor pode ser atribuído, em parte, a certos indivíduos do setor, como Do Kwon, da Terraform Labs, e Sam Bankman-Fried, da FTX, de acordo com Novogratz.
Ambos os indivíduos lideram empresas que quebraram espetacularmente em 2022. Além disso, os dois estão sob custódia aguardando julgamento pelo papel que desempenharam nesses respectivos fiascos.
O envolvimento deles contribuiu para um esfriamento das relações entre a indústria de criptomoedas e a SEC, em particular.
Novogratz acrescentou: “Ainda temos uma ressaca, também, da quebra de confiança que o FTX e outros atores ruins criaram no espaço”.
Excange anuncia lucros de US$ 134 milhões
Em seguida ao colapso da FTX e da Terraform Labs, os reguladores nos Estados Unidos intensificaram sua repressão ao setor. Novogratz acredita que os Estados Unidos entraram em um período de “extase”.
Em parte, diz ele, porque a Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC) continuará a “regular com ações judiciais”.
Em teoria, a economia dos EUA funciona com empreendedorismo e inovação. Mas as ações da SEC são notórias na indústria por corroer a posição da América como líder em criptomoedas.
Mas, apesar de todos os problemas e frustrações, o Galaxy Digital apresentou bons resultados.
Na terça-feira, a empresa reportou um lucro líquido de US$ 134 milhões no primeiro trimestre. Uma reviravolta notável em relação ao prejuízo líquido de US$ 288 milhões registrado no final do ano passado.
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