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Cruz Vermelha testa projeto para distribuição de ajuda baseado em blockchain

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • A privacidade e a segurança dos dados motivaram a escolha da blockchain para o desenvolvimento do projeto.
  • A tecnologia deve facilitar a entrega de assistência em dinheiro em zonas de conflitos.
  • Entraves regulatórios podem atrasar a implementação total do projeto em alguns anos.
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A Cruz Vermelha está trabalhando em um projeto para distribuição de ajuda baseado em blockchain. O protótipo visa distribuir ajuda tokenizada para pessoas em zonas de conflito.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está trabalhando no desenvolvimento de uma alternativa cripto para assistência em parceria com a blockchain de camada um Partisia. A ideia é desenvolver um “token de utilidade estável” atrelado ao preço de um ativo, semelhante a uma stablecoin, facilitando a prestação de assistência da organização de caridade, informou o portal The Block.

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O financiamento do projeto é custeado pelo CICV e pela Partisia e já arrecadou US$ 55 milhões até o momento com a venda de seus tokens nativos, segundo o CEO da blockchain, Kurt Nielsen.

Cruz Vermelha testa projeto para distribuição de ajuda baseado em blockchain
Ações da Cruz Vermelha Brasileira | Fonte: Cruz Vermelha

Blockchain a serviço das pessoas

Fundada em 1863 pelo empresário, humanitarista e ativista social suíço, Henry Dunant, a organização humanitária tem dentre suas funções assistenciais auxiliar pessoas afetadas em zonas de conflito com quantias em dinheiro ou vale. O chefe do centro de tecnologia do escritório de proteção de dados do CICV, Vincent Graf Narbel, explica:

“Nos últimos 20 anos, uma parte crescente de nossa assistência é o que chamamos de assistência em dinheiro e vale. Em vez de dar bens a uma população afetada, damos os meios pelos quais eles podem decidir por si mesmos.”

A distribuição dessa assistência é feita em grande parte por meio de vales de papel ou dinheiro. Para complementar e agilizar esse processo, o CICV propôs o desenvolvimento de uma solução na qual essa assistência chegue às pessoas afetadas por meio de tokens, nos locais onde exista a infraestrutura necessária de internet e smartphone. Além de facilitar a entrega da assistência, a organização teria um controle maior do fluxo de entrada e saída. 

Privacidade e segurança

A privacidade de dados foi o que motivou a escolha da CICV em construir a nova ferramenta na blockchain. Para garantir a segurança e transparência, o projeto deve ser arquitetado usando contratos inteligentes públicos e privados.

Apesar do projeto já estar sendo apresentado, ele pode levar anos para ser implementado devido às questões regulatórias que ainda restringem criptomoedas em diversos países.

“Não podemos nos fechar totalmente às novas tecnologias, pois sempre haverá mais necessidade do que recursos em trabalho humanitário. Mas temos que ter uma abordagem muito cautelosa. Porque lidamos com pessoas vulneráveis ​​que temos de proteger”, destacou Narbel.

Por estar em fase de desenvolvimento ainda não foi definido se o token será atrelado à moeda local, ao ouro, ou ao dólar dos EUA. Entretanto, a Cruz Vermelha enfatizou que será a única fornecedora dos tokens.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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