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Crash do Bitcoin pode causar efeito dominó, diz estrategista

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Estrategista acredita que o crash do mercado cripto pode desencadear uma capitulação de outros mercados sob pressão.
  • Ainda assim, ele aposta no Bitcoin como líder na corrida de recuperação.
  • O CEO da Cardano comentou o crash e acredita que estes eventos ficarão cada vez mais raros.
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O estrategista Mike McGlone, da Bloomberg, acredita que o crash do Bitcoin (BTC) pode desencadear uma capitulação em outros mercados globais.

O estrategista de commodities publicou em seu Twitter que o mais recente crash do Bitcoin pode causar um efeito dominó para uma capitulação em outros mercados globais, no que chamou de “dominós macroeconômicos”.

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O mercado cripto foi atingido em cheio pelo segundo maior colapso no setor em 2022. A crise de liquidez da FTX causou uma volumosa saída de capital do mercado em geral, com o Bitcoin (BTS) registrando nova mínima anual. A projeção de analistas é de que as condições atuais do mercado cripto podem afetar outros mercados globais.

“Esta queda do Bitcoin e das criptomoedas pode desencadear dominós macroeconômicos – a quebra do Bitcoin e dos criptoativos pode desencadear paradas de venda de capitulação na maioria dos mercados que estiveram sob pressão este ano”, disse McGlone.

Apesar das consequências da crise da FTX causarem um choque no setor de criptomoedas em um primeiro momento, McGlone sugere que pode haver um efeito macroeconômico significativo. Entretanto, o estrategista manteve sua confiança no Bitcoin como o ativo mais rápido na corrida de recuperação dos mercados, mesmo que ainda corra o risco de testar o suporte de US$ 10.000.

Colapso da FTX pode ter a mesma extensão que o da Terra

O fundador da Cardano (ADA), Charles Hoskinson, também deu seu pitaco sobre a crise da FTX e seus efeitos para o mercado de criptomoedas. Em vídeo publicado no seu canal no YouTube, ele sugeriu que incidentes similares ao da exchange podem estar entre as últimas crises a atingir o setor, pois estão ficando cada vez mais complexos.

Na avaliação de Hoskinson, as implicações do colapso da FTX provavelmente terão proporções semelhantes aos eventos causados pelo ecossistema Terra (LUNA), que resultaram em um efeito cascata nas empresas como Celsius Network e Three Arrows Capital. Contudo, ele avaliou que o ciclo de colapso pode estar próximo do fim.

“Acho que este pode ser o fundo, um dos últimos a lidar. Vai ser difícil prever o quão ruim será, e certamente pode ser muito ruim. Não há muitas outras empresas como FTX ou Alameda ou como Three Arrows Capital e assim por diante. Pelo menos neste ciclo, eu realmente espero que este seja o último ciclo dessa natureza.”

Hoskinson também ponderou sobre a compra da FTX pela Binance, destacando que há muito trabalho ainda a ser feito antes de consolidar a compra. Ele também alertou que os eventos recentes irão atrair novos escrutínio e um maior impulso regulatório.

O início do crash

O mercado de criptomoedas começou a desconfiar da FTX quando veio à tona a informação de que o balanço patrimonial da Alameda Research continha US$ 14,6 bilhões em tokens FTT, nativo da exchange.

O CEO da Binance, Changpeng Zhao, indicou que venderia as participações de sua empresa em tokens FTT. A volatilidade do mercado aumentou e o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried fez um comunicado público alegando que as finanças da exchanges estavam saudáveis.

Horas depois, a Binance anunciou que adquiriria a FTX para evitar o colapso da exchange e do setor. Alguns analistas acreditam que a ação poderia estabilizar o mercado. Entretanto, o mercado começou a derreter horas depois, registrando mais de US$ 100 bilhões de perdas em 24 horas.

Nesta quinta-feira (10), a Binance anunciou oficialmente a desistência de comprar a FTX. Já SBF pediu desculpas aos cliente e acionistas pelos erros e disse que a exchange precisa de US$ 8 bilhões de crédito emergencial para cobrir os fundos dos clientes.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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