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Banco da Inglaterra pretende intervir em futuros colapsos de stablecoins

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Atualizado por Levy Prata

EM RESUMO

  • Banco da Inglaterra pretende ser o supervisor de stablecoins caso esses ativos representem um risco para a economia local.
  • Instituição pode impor as organizações responsáveis por stablecoins de "praticar ou abster-se de praticar determinadas ações".
  • Stablecoins estão causando cada vez mais preocupações em governos e órgãos reguladores ao redor do mundo.
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Banco da Inglaterra pretende ser a supervisora de stablecoins caso esses ativos representem um risco para a economia local.

As intenções da instituição, que atua como o Banco Central do Reino Unido, foram reveladas em um documento do HM Treasury, departamento responsável pelas finanças do país.

Stablecoins se tornarão ‘grandes demais para quebrar?

Intervenções estatais via bancos centrais ocorrem com frequência na economia dos países. Após a crise de 2008, os principais BCs do mundo lançaram diversos programas de injeção de capital e estimulo de crédito para fomentar suas economias e “salvar” os bancos de investimentos.

Com isso, esses bancos ficaram conhecidos como “grandes demais para quebrar”, pois suas eventuais falências gerariam um efeito cascata que colocaria em risco toda a economia global. Não está claro até o momento se esta mesma linha de raciocínio será usada agora sobre possíveis intervenções em stablecoins.

Mas, de acordo com o governo local, o Banco da Inglaterra irá interferir caso ocorra “deficiências no projeto [de um sistema] ou interrupção em sua operação que podem ameaçar a estabilidade do sistema financeiro do Reino Unido ou ter consequências significativas para as empresas ou outros interesses”.

Não está claro também quais ações a instituição poderia tomar, embora o documento mencione: “[O Banco da Inglaterra] deve aprovar as propostas do administrador desde o início (e de forma contínua) e tem poderes para instruir o administrador a praticar ou abster-se de praticar determinadas ações”.

Vale destacar que o Banco da Inglaterra, antes de decidir interferir nas stablecoins, precisará consultar a Autoridade de Conduta Financeira (FCA) do Reino Unido. A autarquia já tem tomado diversas ações e medidas referentes a regulação da indústria cripto no país.  

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Governos buscam regulamentação

O Reino Unido é apenas um dos diversos países que possuem receios em relação a falta de regulamentação das stablecoins. O Federal Reserve (FED) dos EUA, por exemplo, já havia alertado sobre os riscos que essa classe de ativos oferecerem para a economia.

Esse medo aumentou ainda mais após o colapso do UST, que fez com que diversas stablecoins perdessem brevemente sua paridade ao dólar. Após o incidente, a Coreia do Sul passou a inspecionar mais de perto suas exchanges nacionais, enquanto o próprio Tesouro do Reino Unido anunciou planos de criar diretrizes para stablecoins.

Já a diretora executiva da FCA, Sarah Pritchard, disse à Bloomberg que a regulamentação cripto local precisa levam em consideração o que houve com o ecossistema da Terra.

Em tempos de fortes incertezas no cenário econômico mundial, reguladores e agências governamentais temem que as stablecoins acabem piorando ainda mais essa situação. Isso se deve pelo fato de uma eventual derrocada desses ativos causar retiradas em massa capazes de causar o mercado cripto, e por consequência, até mesmo outros mercados financeiros.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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